quinta-feira, 26 de setembro de 2013

#ThrowbackThursday - Fallen



Não há duvidas de que o diferente sempre chama a atenção. E dez anos atrás não era diferente. Chegava no cenário musical o Evanescence, banda que despertou a curiosidade do público justamente por fugir do convencional: um grupo de rock que equilibrava de forma harmoniosa o visual dark, som pesado e composições profundas com os vocais angelicais e influências clássicas de Amy Lee, figura feminina à frente da banda. Já havia bandas de estilo similar no mercado, mas era a primeira vez que uma dessas entrava em grandes selos no mainstream, tocando em rádios populares e disputando clipes na MTV com artistas de grande porte, como Britney Spears e Linkin Park.
A aposta na originalidade do Evanescence deu certo: Fallen, seu álbum de lançamento foi um sucesso de vendas e o mais bem sucedido da grupo até hoje. Apesar da modesta estreia na sétima colocação, o álbum permaneceu 113 semanas na parada musical Billboard e fez história ao entrar na lista dos 100 discos mais vendidos da história dos Estados Unidos. Fallen vendeu cerca de 17 milhões de cópias mundialmente e rendeu à banda cinco indicações ao Grammy, vencendo duas dessas. As mentes criativas por trás do álbum são dos fundadores da banda, Amy Lee e o guitarrista Ben Moody. John Lecompt, Rocky Gray e Will Boyd juntaram-se à dupla posteriormente para a turnê internacional do disco.
O primeiro single foi Bring Me To Life, maior hit do grupo até hoje. A música, parceria com o cantor Paul McCoy, entrou para a trilha sonora do filme “O Demolidor” e conquistou a estatueta de melhor música de hard rock no Grammy Music Awards. A música se tornou um clássico e prova disso é que mesmo dez anos após seu lançamento, é constantemente cantada em competições musicais. Só este ano, pudemos ouvi-las em programas como American Idol, The X-Factor e Britain’s Got Talent.
Os lançamentos seguintes da banda apenas confirmaram seu lugar estável no mercado musical e que o sucesso não era passageiro. Going Under mostrou um lado mais sombrio da banda em seu videoclipe, no qual os fãs são transformados em zumbis. Já My Immortal, se tornou o segundo maior hino da banda, principalmente no Brasil. A canção é o momento mais esperado pelos fãs nos shows, no qual Amy senta-se sozinha ao piano e canta, sempre acompanhada de um grande coro, sobre a despedida de alguém querido. A canção foi regravada para o lançamento do vídeo, à qual foram adicionadas guitarras no fim da música, e apenas os álbuns mais recentes contêm as duas versões. Everybody’s Fool foi escolhida para encerrar os trabalhos do disco, sendo uma crítica direta à falsidade da indústria pop e às mensagens vazias que a mesma transmite. No vídeo, Amy interpreta uma celebridade miserável por trás das câmeras e, segundo a própria, o clipe é importante para denunciar que a perfeição criada por Hollywood é ilusória. 
No aniversário de uma década, este ano, o CD ganhou uma versão comemorativa em vinil roxo. 
Para a maioria dos fãs, não há duvida: Fallen é o trabalho mais completo do Evanescence. Para quem não é fã, mas deseja conhecer um pouco mais sobre o som único da banda, fica nossa dica. 
Confira com a gente o clipe que conquistou uma legião de fãs e fez do Evanescence uma das maiores bandas da atualidade!





domingo, 22 de setembro de 2013

Miss Simpatia, só que ao contrário


Já vimos Sandra Bullock como agente do FBI e amamos. Só isso já é um bom motivo para ir ao cinema assistir "As Bem-Armadas" (The Heat). Mas ao contrário de "Miss Simpatia", a agente Ashburn é pouco querida pelos seus colegas de trabalho. Além disso, ela é tensa, metódica e faz tudo de acordo com os manuais, o que a deixa a beira de um ataque de nervos quando se vê obrigada a trabalhar em parceria com a mais desbocada e rebelde policial de Boston, a agente Mullins, interpretada por Melissa McCarthy.
Juntas, as duas precisam pegar um perigoso traficante de drogas: Ashburn para ganhar uma promoção no trabalho e Mullins para salvar o irmão da máfia.
O encontro das duas é quase explosivo e, até se acostumarem com o jeito excêntrico de cada uma, elas arranjam muitas confusões, mas também descobrem pistas importantes sobre o caso. Aos poucos, elas vão se ajudando mutuamente a superar as dificuldades.
É claro que a fórmula do filme é aquela que todos já conhecem: duas pessoas de personalidades completamente opostas que são forçadas a conviver e acabam desenvolvendo uma amizade. A diferença, então, é quem está interpretando a história dessa vez.
Sandra Bullock faz uma comédia rasgada como ninguém e é legal ver que, mesmo sendo uma atriz ganhadora de Oscar, ela aceitou fazer um filme completamente despretensioso e que serve só como um bom entretenimento. Sem contar também que, com seus quase 50 anos, a atriz continua em ótima forma.
Ainda assim, uma das maiores surpresas é o papel de Melissa, que é completamente diferente do que estamos acostumados a ver da atriz. A policial Mullins fala muito palavrão, tem zero vaidade, é prática nas relações com homens e age no trabalho de maneira nada ortodoxa. Como Melissa McCarthy faz isso com grande naturalidade, ela é responsável por arrancar dos espectadores boas risadas.
A química das duas faz o filme ser bom e, mesmo com alguns erros de continuidade e de execução de algumas cenas, vale a pena ir ao cinema e garantir os 117 minutos de diversão que o longa proporciona.
Confira abaixo o trailer.




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

#ThrowbackThursday - O nome dela é Babe Ruthless


Um filme chamado "Garota Fantástica" só pode ter aquela velha fórmula:  filha exemplar, aluna de ouro, vitória no esporte, príncipe encantado e rainha do baile. Certo? Errado. Se a sua expectativa é essa, esse não é o filme para você. (Essa é a deixa para eu te contar que o título original do filme é "Whip It", que traduzido ao pé da letra significa algo como "chicotear" - o que faz muito mais sentido e já já você entende porquê).
Ellen Page vive Bliss Cavendar, uma adolescente indie-rock "fora do padrão", que vive em uma pequena cidade do Texas e que não tem a menor vocação para princesa, embora sua mãe, Brooke (Marcia Gay Harden), acredite que ela deva fazer a vida ganhando concursos de beleza.
O inesperado é a forma como Bliss se livra disso tudo. A garota descobre o roller derby, esporte sobre patins que, embora feminino, não tem nada de delicado. Ao contrário, chega até a ser violento. Antes que perceba, Bliss passa a ser Babe Ruthless, estrela do time "número 2" de Austin (cidade vizinha a dela) e, junto com sua equipe, coloca em prática manobras super originais, como o "chicote".
Por não ser uma prática comum no Brasil, essa é uma das partes mais interessantes do filme. A gente conhece o esporte junto com Bliss e, no meio de tanta adrenalina, é impossível não se entreter com a história.
Austin e o time de roller derby viram a nova casa de Bliss mesmo antes de seus pais saberem que garota estava praticando o esporte e frequentando o lugar. Como não podia deixar de ser, a parte secreta da vida dela se torna mais importante e, aos poucos, ela se desvincula da pequena cidade e de seus hábitos ultrapassados. Isso traz muitas coisas positivas, mas também consequências inesperadas.
Outra parte boa é a de Drew Barrymore. Além de interpretar Smashley Simpson, umas das integrantes mais divertidas da equipe, o filme, de 2009, é também a estreia da atriz como diretora de cinema.
Dá para se divertir também com as pérolas do apresentador das competições, 'Hot Tub' Johnny Rocket (Jimmy Fallon), a ira da estrela do time rival Bloddy Holly (Zoe Bell) e com o enorme esforço que o treinador Razor (Andrew Wilson) faz para tornar as meninas campeãs.
No entanto, embora possa parecer, "Garota Fantástica" não é uma comédia. Nem mesmo um romance ou um drama, embora você o encontre em todas essas classificações. É um pouco de tudo isso e, ao mesmo tempo, diferente de tudo isso também. Para ser objetiva, é um filme sobre uma garota aprendendo a ser sua própria heroína. Percorre todos os gêneros, como uma história assim deve fazer.
O filme está disponível em DVD e o trailer segue aí para você.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mulheres no comando!


“It’s time to face the music”. 
Assim é dada a largada para a terceira temporada do “The X-Factor USA”. E dessa vez o comando é das mulheres! Se na última edição o programa investia na presença da princesa do pop, Britney Spears, este ano o segredo parece ser este: uma banca de jurados composto em sua maioria por “elas”. Desde os anúncios, o reality vem apostando alto na disputa entre o girl power e o único homem restante no painel, o veterano Simon Cowell. 
De volta também nesta temporada, está a carismática Demi Lovato, que conquistou o público ano passado pela troca de farpas com Simon. A dinâmica da dupla acabou sendo o maior acerto da temporada e, a julgar pela estreia, eles pretendem repetir a dose. 
Os rostos novos são os de Kelly Rowland, ex-Destiny’s Child - que já participou da versão britânica do programa -, e Paulina Rubio, cantora mexicana de grande sucesso no mercado latino.
Nos primeiros episódios, assistimos as audições iniciais em frente aos jurados, alternadas entre algumas das melhores performances e situações tão absurdas que quase parecem encenadas.
Entre alguns dos destaques positivos, temos a mãe de família Lillie McCloud, que arrancou lágrimas de Demi e Kelly; a dupla de namorados Alex e Sierra, que impressionou com sua versão folk do hit “Toxic” e o grupo de irmãs Roxxy Montana que, segundo Simon, é o grupo com maior potencial que já cantou no programa.
Porém, quem conhece o "X-Factor" sabe que o programa não investe apenas nos maiores talentos para agradar a audiência. As audições bizarras fazem sucesso entre o público e são uma boa oportunidade para exibir os famosos comentários ácidos de Simon, que queiramos admitir ou não, são uma das partes mais divertidas dos episódios.
Desde candidatos olhando a letra da música no celular a candidatos que se recusaram a parar de cantar até serem carregados para fora do palco, teve de tudo. O programa transforma momentos caóticos em entretenimento como nenhum outro do gênero, e isso é um de seus trunfos.
Pra quem não é familiarizado com o formato do programa e questiona por que escolher este entre tantos realities musicais, a resposta é simples: O "X-Factor" explora, não apenas o lado artístico de seus calouros, mas também o pessoal. O programa entende que o público desperta naturalmente um interesse por seus participantes e monta um perfil para cada um deles, que ganham bastante tempo em tela semanalmente.
Além disso, para ser relevante no reality, o candidato não precisa necessariamente ter a melhor voz, diferindo assim de nomes como “The Voice” e “American Idol”. Os jurados sempre reforçam que talento é mais que um bom controle vocal, e apostam no star potencial: candidatos que se portam como estrelas, têm a energia necessária para se sobressair no palco e ganham o público com o bom e velho carisma.
O "X-Factor" vai ao ar no Brasil todas as terças e quartas-feiras, no canal Sony, com atraso de uma semana em relação à transmissão americana (lá, feita pela Fox).
E aí? Será que estamos prestes a conhecer uma futura sensação musical? O saldo de talento nos dois primeiros episódios é positivo mas podemos apenas imaginar o que vem pela frente!  

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

#ThrowbackThursday - "Samantha... (pausa longa) who?"


O que você faria se tivesse a oportunidade de começar do zero a sua vida? É exatamente essa a oportunidade que Samantha tem para recomeçar. Claro que não é tão fácil assim, já que ela só consegue essa proeza porque sofreu um acidente e está com amnésia. Assim, ela se mete em várias confusões para tentar lembrar quem ela era e (tentar) se tornar uma pessoa melhor.
A série "Samantha who?" é estrelada pela veterana na comédia Christina Applegate e só isso já é um motivo para você assistir. Outro é a presença de outra queridinha da comédia americana, Melissa McCarthy. Ou seja, por mais que você não seja daqueles que dá gargalhadas com séries, pelo menos você já tem a garantia de uns risinhos ao longo de duas temporadas, que passam bem rápido uma vez que você começa a ver. O humor é leve e super descontraído.
Depois do acidente, Samantha vai morar na casa dos seus pais (nada convencionais) já que não tem condições de morar sozinha. E é aí que começam as descobertas do seu passado. Ela vai tendo flashes de memória e descobre que não era uma pessoa muito agradável e que não ligava para os outros, uma verdadeira bitch. Conforme vai lembrando, ela vai tentando consertar as coisas que fez, se classificando em New Sam e Old Sam.
Sempre postas a ajudar, estão suas melhores amigas Dena (Melissa McCarthy) - que não falava com Sam desde o colegial e num momento de carência se aproximou da antiga garota popular do colégio - e Andrea (Jennifer Esposito) - uma "periguete" com classe, que muito se parecia com a Samantha antiga e que, por isso, vive querendo trazer essa personalidade de volta. Isso sem falar do seu ex-noivo, Todd (Barry Watson), que não consegue se desligar de Sam e da sua aloprada mãe, Regina Newly (Jean Smart), que quer pagar de moderna e faz de tudo para se reaproximar da filha, provando que as duas têm muito em comum. Não podemos esquecer também de Frank (Tim Russ) - o seu porteiro e fiel escudeiro, que sempre sente vergonha alheia da Sam esquecidinha.
A primeira temporada teve apenas 15 episódios dos 22 que estavam fechados, devido a greve dos roteiristas em 2007. A ABC Studios renovou a série para uma nova temporada em 2008. No entanto, a série sofreu um hiato, sendo concluída apenas em 2009, com 20 episódios. "Samantha Who?" acabou não sendo renovada para uma terceira temporada devido a perda de público ao longo dos três anos que ficou no ar. Ainda assim, o canal fechado americano TV Guide Network reprisou o show em 2011.
Conforme era exibida nos Estados Unidos, a transmissão no Brasil acontecia quase simultaneamente no canal Sony. O sucesso da série fez com que o grupo Walt Disney Studio Home Entertainment lançasse as temporadas em DVD. Ou seja, se quiser, pode decidir você mesmo se gosta mais da old ou da new Sam.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Gabi para +18


Já conhecemos o formato: é a Marília Gabriela fazendo o que a consagrou na TV. Ela, a mesa e o convidado. Mas a novidade é o sexo, ou melhor, o seu novo programa no SBT, que fala sobre sexo. E isso já conta pontos para a jornalista pois, atualmente, fica a cargo somente dela um programa na TV aberta que trata do assunto.
O programa "Gabi Quase Proibida", que caminha para o quarto mês de vida, traz sempre um convidado que tenha alguma relação com o tema, desde artistas a especialistas, passando por profissionais do sexo e por empresários que entendem o sexo como mercado. A vontade de fazer um programa sobre sexo é antiga, mas só agora a apresentadora conseguiu com que Silvio Santos comprasse a ideia.
É até um pouco de redundância falar que Gabi está super confortável na bancada (já que ela faz isso há anos e continua com seu tradicional "De Frente com Gabi", também no SBT, e com o "Marília Gabriela Entrevista", esse no canal fechado GNT), mas ela leva de forma natural e não deixa as entrevistas caírem no clichê.
Acima de tudo, o programa se compromete em levar também informações e não fica só na superficialidade. E é bom assistir um programa assim, que esteja comprometido com a qualidade e não seja sensacionalista. Acredito que isso seja mérito justamente da apresentadora, que conquistou a credibilidade do público na década de 80, quando foi uma das pioneiras a falar sobre sexualidade na televisão, no "TV Mulher", da Rede Globo.
Mesmo não sendo inovador, o programa tem dado o que falar: Marília Gabriela consegue arrancar dos convidados várias declarações que passariam veladas. Sem vergonha, Gabi pergunta e, na maioria das vezes, consegue respostas espontâneas e que não conseguiríamos ver em outro programa. De assunto proibido, o programa nada tem.
Ao todo, 11 entrevistas já foram ao ar, com convidados que já causaram bastante burburinho, destacam-se o cantor Ney Matogrosso (que foi o convidado do programa de estreia), a cantora Daniela Mercury e a entrevista com o Padre Beto (que foi excomungado da Igreja Católica por discutir com os fiéis sobre sexualidade, divórcio e homossexualismo).
Outra coisa legal é que o público também pode participar do programa. A produção divulga na internet qual será o próximo convidado e assim o telespectador pode enviar suas perguntas para ele. Se você ainda não assistiu, o programa vai ao ar toda quarta-feira, à meia-noite. E se você perdeu alguma entrevista e quer assistir, o SBT disponibiliza na íntegra todas as edições. 


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

#ThrowbackThursday - Vamos falar da roubadora de livros


A essa altura, mesmo que você não tenha lido "A menina que roubava livros", há várias coisas que você já sabe sobre essa história. Que ela se passa na Alemanha nazista e é narrada pela morte, por exemplo. (Se até agora você não sabia disso, não se preocupe. Não é nenhum segredo, as surpresas continuam a salvo.)
Mas se essas informações não bastaram para fazer você querer ler o livro do australiano Markus Zusak, sucesso absoluto de vendas no Brasil em 2007, aqui vão alguns outros motivos que podem fazer você mudar de ideia. E se você já leu, não saia daqui. Alguns desses motivos são bons o bastante para você querer reler também.
A primeira razão é simples: nada como ler um best seller... depois que ele sai dessa lista. Parece absurdo? Explico. Para leitores aficionados, basta um título passear pela lista dos mais vendidos (e "A menina que roubava livros" ocupou esse lugar por mais de 230 semanas no The New York Times)  para que a necessidade de lê-lo se instaure. E aí já é tarde demais. Por mais imparcial que você seja, todas as suas percepções sobre o livro vão ser baseadas na sua expectativa e em todas as críticas que você teve acesso antes da leitura. Deixar que o entusiasmo exacerbado passe garante, então, uma leitura mais "sóbria".
Isso vale também para os que pretendem reler. Até porque, permitindo uma reflexão filosófica, a gente nunca lê duas vezes o mesmo livro. Há uma descoberta nova em cada releitura. Basta lembrar quantas vezes a própria roubadora de livros leu os que tinha, certo?
Deixando a subjetividade de lado, vamos agora às razões práticas: a morte nunca te contou nada antes.
Talvez nesse momento o nome de Machado de Assis tenha saltado em sua mente e você esteja me acusando de ter esquecido de "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Bom, eu jamais faria isso. Mas, colocando a genialidade de Machado à parte, posso te garantir que essa história não é nada parecida com a de Brás Cubas. Em "A menina que roubava livros" a morte não tem mediador. Ela fala por si mesma. É a morte em pessoa... ou seja lá o que ela for.
E como você já deve ter inferido, a história que a morte nos conta é a de Liesel Meminger (sim, a roubadora de livros).  O primeiro encontro das duas acontece quando Liesel perde seu irmão, na viagem que os levaria até Molching, onde moram seus pais adotivos. É no cemitério onde o menino é enterrado que a protagonista rouba seu primeiro livro, "O Manual do coveiro". O que era para ser apenas uma recordação do irmão, vira o símbolo da maior obsessão da menina: roubar livros.
Já no lar adotivo, Liesel aprende a ler com o pai, conquista a amizade do vizinho Rudy Steiner, acolhe um judeu chamado Max Vandenburg e rouba vários outros livros. Como tudo isso acontece você só pode descobrir lendo.
"A menina que roubava livros" foi adaptado para o cinema e está previsto para estrear em 31 de janeiro de 2014 no Brasil. É essa a última razão pela qual você tem até essa data para ler o livro. Afinal, a gente só sabe se uma adaptação é boa quando conhece bem a obra original.
Deixo então duas coisas para você: o trailer do filme e - espero - a vontade de (re)ler o livro!


Agradecimento especial à Giulia Amendola, sem quem não teria eu mesma lido a história da roubadora de livros.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A noite das boybands


Filas quilométricas tomadas de adolescentes, camisetas estampadas e cartazes com declarações de amor eram tudo que podia se ver ao chegar ontem (01) no Vivo Rio. Era dia das boybands Boyce Avenue e Emblem3 tocarem no Rio de Janeiro. Os grupos, ambos pela primeira vez no Brasil, foram as atrações principais do festival de música "Z Festival" que ocorreu em São Paulo e aproveitaram para dividir o palco na capital carioca também.
E não é que a ideia deu certo? Os grupos, que nem se quer têm álbuns comercializados no país, conseguiram o incrível marco de lotar a casa em um evento sold out que, segundo os próprios músicos, foi um dos melhores de suas carreiras.
Logo após o grupo brasileiro F.U.S.C.A – liderado pelo ex-Rebelde Arthur Aguiar – marcar presença abrindo a noite, foi a vez do Boyce Avenue entrar no palco. O trio formado pelos irmãos Alejandro, Daniel e Fabian Manzano se consagrou mundialmente através de seu canal no youtube, onde compartilhavam suas interpretações de canções famosas. Desde então, dois álbuns foram lançados e a banda se tornou um fenômeno na internet.
O Boyce Avenue não é o tipo de grupo que se apoia em um show de grande produção para impressionar. Pelo contrário, o cenário é simples, o clima é de intimidade e os músicos não se movimentam muito entre o palco. Engana-se quem pensa que isso tira qualquer mérito do espetáculo: os músicos encantam mesmo pelo talento nato. O vocalista Alejandro é capaz de provocar arrepios com sua potência vocal.
Embora o grupo tenha cantado algumas de suas canções originais, os momentos de maior destaque foram, inevitávelmente, os populares covers: de Coldplay à Rihanna, teve para todos os gostos.
O show teve uma hora de duração e pareceu agradar o público, que se despedia da banda com o coro “Boyce, eu te amo”. O grupo elogiou a paixão do povo brasileiro e prometeu voltar em breve.
Porém, mesmo com a recepção calorosa do público no início da noite, qualquer um ali podia facilmente perceber que a atração mais esperada era, sem dúvidas, o Emblem3.
O trio de Drew Chadwick e dos irmãos Wesley e Keaton Stromberg foi descoberto ano passado na edição americana do reality musical X-Factor. Os garotos terminaram o programa em quarto lugar, mas foram os primeiros a lançar um álbum de estúdio, conquistaram um Teen Choice Award e saíram em turnê com a estrela teen Selena Gomez.
Do minuto em que pisaram ao palco até a ultima canção, os jovens deram um show completo de energia. Era difícil achar alguém que não fosse contagiado pela empolgação e o carisma do grupo. 
O Emblem3, diferente da atração anterior, conquista justamente pelo clima de descontração e por mostrar que nem os maiores fãs presentes estão se divertindo tanto quanto os próprios: rebolaram, mostraram os abdomens sarados, se abraçaram e interagiram bastante - inclusive em português - com o público.
Durante a canção 300 Miles Away, Keaton explicou que a letra é sobre as dificuldades de viver na estrada e longe da família, mas que naquele momento não queria estar em qualquer outro lugar, afinal os brasileiros são seus queridinhos.
O grupo se despediu dos fãs cariocas com a música que os tornou famosos na sua primeira audição no X-Factor, “Sunset Blvd”. Em meio à muitos gritos e aplausos, revelaram que “esse é o melhor show de nossas vidas”.
Estas foram as últimas apresentações dos grupos no país, mas os fãs não devem se preocupar: A julgar pelo sucesso de vendas e pelas declarações dos próprios músicos, tudo indica que não teremos que esperar muito tempo pelas próximas.