quarta-feira, 31 de julho de 2013

As garras estão de volta!


Os fãs da franquia "X-men" têm motivos para comemorar, em especial os que sentiam falta de um dos mais queridos super-heróis da série, o icônico Wolverine. A gente explica: Fazia quase quatro anos que não víamos o personagem nas telonas. Isso porque o mutante vivido por Hugh Jackman não fez parte do último filme da franquia, “X-Men: First Class”, lançado em 2011. E agora o personagem está de volta em sua melhor forma, com sua charmosa intolerância e recheado de tiradas fantásticas.
Em “Wolverine: Imortal” (The Wolverine, no original), dirigido por James Mangold e baseado nos quadrinhos de Chris Claremont e Frank Miller, podemos verificar o que o futuro reservou para Logan (nome real do personagem) após deixar a Mansão X e se afastar de seus companheiros mutantes. Ainda aterrorizado pelas memórias de ter matado seu amor, Jean Grey, o herói embarca em uma missão de tirar o fôlego, no Japão. 
O herói é convocado para ir a Tóquio pela interessante Yukio Yashida (Rila Fukushima), a fim de reencontrar Yashida (Hal Yamanouchi), um senhor que está à beira da morte e tem como último desejo se despedir do mutante, que foi seu salvador anos atrás. Logan acaba descobrindo que o homem é um dos mais poderosos do país e que há muitos interesses por trás de seu encontro.
Em sua estadia, Logan cruza seu caminho com a misteriosa Mariko Yashida (Tao Okamoto), neta de Yashida, que está na mira da máfia japonesa e corre grande perigo. Pra quem já é familiarizado com o herói, fica até fácil prever o resto. É só juntar o espírito justiceiro do rapaz com uma bela donzela em perigo e não tem erro: Logan torna sua missão pessoal salvar a moça, custe o que custar. O que o mutante não previa é que dessa vez sua imortalidade pode estar em jogo.
O filme deixa a desejar em relação à protagonista feminina. Não que isto seja responsabilidade completa da atriz, que inclusive faz um bom trabalho. A questão está mesmo na criação da personagem como um todo. Já faz um tempo que o público ignora o clichê da mocinha indefesa. O roteiro peca nesse sentido, nos tornando indiferente à personagem e sua trama pessoal.
Pra quem põe em cheque se era necessário mais um filme dedicado exclusivamente à Wolverine e se ainda há o que inovar neste, nós respondemos: A temática do filme é um pouco diferente desta vez. Como todo bom filme de ação, parte da obra é sim dedicada a lutas, mortes e frases de efeito. E isso é esperado. Porém, agora há um maior investimento no lado humano do personagem. O espectador é convidado a observar de perto o amadurecimento de Logan ao longo de sua jornada emocional e é notável que esta foi uma das principais propostas a serem exploradas nesta nova aventura.
Outra novidade é que este é o primeiro filme da franquia que não é dominado por mutantes. Na verdade, neste são apenas três. O que pode desapontar um pouco os que têm a pretensão de encontrar diversos poderes fantásticos como estamos acostumados em "X-Men".
“Wolverine: Imortal” não é nenhum marco de originalidade, mas cumpre bem o seu papel como entretenimento. A ação, o romance e até a comédia - mesmo que disfarçada - estão ali e contracenam de forma harmoniosa. Vale a pena para matar a saudade do querido super-heroi!
Um aviso: Não deixem o cinema antes dos créditos finais! .


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aprovados com nota média


"O Concurso" está em cartaz há pouco mais de uma semana mas já carrega boas estatísticas:  mais de meio milhão de pessoas já foram ao cinema assistir ao filme. E não podia ser diferente. Afinal, o filme tem em seu elenco nomes que são merecedores de grande público. 
Para começar, Fábio Porchat (como Rogério Carlos), o rei do canal "Porta dos Fundos", atual sucesso do humor brasileiro. Depois, Rodrigo Pandolfo (como Bernardinho), campeão de bilheteria com o filme ainda em cartaz "Minha mãe é uma peça". Para completar, Anderson Di Rizzi (como Freitas) - o também famoso Carlito, de "Amor à vida" -, Danton Mello (como Caio) - que dispensa apresentações - e a estreante Sabrina Sato (como Martinha Pinel), que foi a grande aposta do diretor Pedro Vasconcellos.
Um elenco desses é certeza de boas gargalhadas, certo? Errado.
Era de se esperar que os espectadores cheguem ao cinema com expectativas enormes. Mas o filme deixou muito a desejar. Ao contar a história dos quatros candidatos à única vaga de juiz federal - o gaúcho, o paulista, o cearense e o carioca -, o filme cai em um lugar comum. A atuação dos protagonistas é impecável, mas a montagem é tão caricata que é difícil achar muita graça.
Sabrina Sato rouba a cena com a sua excêntrica personagem, a atiradora de facas que faz de tudo para conseguir uma noite de amor com o inocente Bernardinho. Mas a verdade é que ela não faz nada diferente daquilo que já se espera dela. Só ganham destaque sua sensualidade, as roupas curtas e o sotaque acentuado. Pelos elogios que ela recebeu como atriz, merecia ter feito um pouco mais!
O filme dá ainda uma tropeçada naquela fórmula de humor fácil, porém já batida: os anões. Eles até conseguem provocar um riso ou outro, mas deixaram a sensação de que a graça deveria estar nas suas condições físicas e não no texto que interpretavam, quando se espera ao contrário.
O lado positivo é que o filme não é só isso. Diferente dos outros longas com esse tom de humor, "O Concurso" se preocupa em deixar uma "moral da história". Vai além das bobagens mais evidentes e deixa pequenas lições sobre amor, dignidade e trabalho.
Não é um filme extraordinário, mas também não é sacrifício assistir. É o programa ideal para se fazer despretensiosamente em uma tarde qualquer.
Se você ficou interessado, dá um play no trailer aqui embaixo:



sábado, 27 de julho de 2013

"We Are Paramore"

 

Por volta das 19h do dia 25, o HSBC Arena, no Rio de Janeiro, abria seus portões para estrear a turnê brasileira da banda de rock norte-americana Paramore. O trio composto por Hayley Williams, Jeremy Davis e Taylor York está viajando o mundo inteiro para divulgar o lançamento de seu quarto álbum de estúdio, o homônimo “Paramore” e, é claro que o Brasil, um dos seus maiores públicos, não podia ficar fora dessa.
O clima na plateia era de pura empolgação, muito antes do grupo se quer dar as caras no palco. A chuva e o tempo frio pareciam nem ao menos incomodar os milhares de fãs que cercavam a arena desde cedo, contando em conseguir o lugar mais próximo possível de seus ídolos e em aproveitar a volta da banda depois de dois anos sem aparecer por aqui.
Uma vez que Hayley e sua trupe pisaram no palco, é quase certo afirmar que todas as expectativas foram correspondidas! A cantora com os cabelos laranjas mais característicos do cenário musical deu um show a parte de energia e empolgação durante as quase duas horas de espetáculo.
Misturando as canções mais antigas - para agradar os fãs de carteirinha - com os novos lançamentos da banda, que contam com um som mais dançante e alegre, o grupo agitou a casa e interagiu com seus fãs por todo o show. Inclusive na música Anklebiters, um hino sobre apaixonar-se por si próprio e ignorar a opinião alheia, Hayley convidou cerca de dez – sortudos – fãs ao palco para cantarem com ela. A cantora pediu que os jovens ali esquecessem seus problemas e apenas se divertissem. Missão cumprida!
O mais novo sucesso do grupo, “Still Into You” também foi um dos mais esperados e um dos momentos mais marcantes do show. Em meio a serpentinas e papéis picados, não havia um corpo parado – fosse cantando, pulando ou apenas batendo palmas.
Algumas falhas técnicas de som ocorreram durante a performance, mas a banda agiu com profissionalismo e não se mostrou irritada com o problema.
Um fato que chamou atenção foi a quantidade de homens na plateia. Sabemos que rola um preconceito – sem fundamento aparente – contra bandas de rock lideradas por mulheres. É frequente, nas apresentações de tais grupos, que haja uma maioria pesada de meninas na plateia, e que os meninos presentes estejam apenas acompanhando suas namoradas. Definitivamente, não foi esse o caso!
Nos minutos finais do show, a vocalista, esbanjando simpatia, perguntou quantos ali estavam indo ao show deles pela primeira vez. O número de braços levantados era grande! Essa é a terceira passagem do grupo pelo Rio de Janeiro e também a mais cheia, o que mostra que desde seu ápice de sucesso, o grupo se consolidou no mercado e vem conquistando cada vez mais admiradores.
Depois, Hayley perguntou quantos ali pagariam para assistí-los novamente quando voltassem. A resposta foi um momento de total histeria, e a banda entendeu o recado.
O Paramore ainda segue por Brasília, São Paulo e Curitiba e encerra sua visita ao Brasil em Porto Alegre. Quem curte um bom show de rock, eu não recomendaria faltar!


segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Tell 'em that is my birthday"!


Quase como um grito de guerra, às vésperas do lançamento oficial do seu quarto album de estúdio (e primeiro sem a banda The Scene), Selena Gomez lançou hoje (22), dia de seu aniversário, um clipe promocional para comemorar a data. E de quebra, a gente percebe qual é a vibe que está vindo o "Stars Dance".
O novo trabalho já conta com dois singles oficiais lançados, que também já ganharam clipes. "Come & Get It" figurou entre o top 10 numa das listas mais importantes da parada norte-americana, a Billboard Hot 100. Já a faixa "Slow Down" estreou na semana passada e tem tudo para seguir o sucesso do primeiro single.
É claro o amadurecimento de Selena e da sua proposta enquanto artista. As músicas são focadas no estilo em que ela veio se aperfeiçoando ao longo dos outros CDs. Fica ainda mais evidente nesse as batidas eletrônicas fortes e marcadas - lembra até o estilo peculiar que Robyn imprime em suas músicas.
Mas a mudança mesmo veio na temática. Quem ainda tem na cabeça a artista da Disney pode se chocar um pouco. Selena veio apimentada e sexy. As letras das músicas são de uma mulher sensual que quer fazer o que bem entende. Em músicas como "Undercover", Selena canta para um homem que ela chama de sexy machine e diz para eles irem a um lugar que seja escuro, onde eles podem ficar às escondidas.
Diferente de cantoras que vêm com a pretensão de mudar a figura e se desvincular da imagem infantil que tinham antes, Selena está fazendo isso num processo natural, que aos nossos olhos, vem se dando de forma sutil e condizente com a carreira da artista.
Sem levantar bandeiras ou dizer que mudou e que agora é o que não foi no passado, Selena Gomez está mostrando que cresceu e, melhor ainda, refletindo a naturalidade do crescimento em seu trabalho. Trabalho esse que tem a cara da cantora e, de novo, sem pretensões, está cheio de potenciais hits como os quais ela conseguiu emplacar nos outros albuns.
Selena está numa nova fase, com novas músicas, com novos projetos e com uma nova idade. Parabéns, Selena! Aproveite seus 21 anos.
O CD estará disponível no iTunes amanhã, por USD$ 9,99. Vale a pena o download!



quarta-feira, 10 de julho de 2013

"Rain Man" em versão brasileira


"Marcelo Serrado é o cara!"
Era tudo que eu consegui pensar ao sair do Teatro dos Quatro - no shopping da Gávea, Rio - no domingo, um dia antes da estreia oficial do espetáculo Rain Man. E esse parecia ser um pensamento comum à todo público! (Mas isso não significa que os outros atores também não fizeram bem a sua parte - ao contrário. Já falo deles!)
O fato é que Raymond, autista com síndrome de Savant, ganhou brilho especial interpretado por Marcelo. E o mérito é todo dele! A peça é a adaptação para o teatro de um filme de 1988, de mesmo nome, premiado em quatro categorias do Oscar. O texto é bem fiel ao original e a tradução de Miguel Paiva foi muito bem feita. Mas Marcelo dá a seu personagem mais que isso. Sua expressão, seu olhar, seu corpo... Tudo fala por ele! Arrisco dizer, inclusive, que a versão brasileira de Raymond é ainda mais apaixonante do que a original, vivida por Dustin Hoffman.
Aliás, essa é uma característica de todos eles. Tá certo que o teatro faz isso com a gente: estar ali, perto do ator, vendo tudo acontecer sem filtro e sem efeito especial deixa a gente muito mais envolvido. Mas levando em consideração a distância que a narrativa impunha - com nomes e referências que não fazem parte da nossa cultura - cativar o público podia ser uma tarefa difícil. Mas não foi! E é aqui que eu deixo o meu elogio aos demais.
Rafael Infante impõe um ritmo acelerado à Charlie Babbitt, o egocêntrico irmão caçula de Raymond, que só se aproxima dele visando a herança que seu pai deixou ao primogênito. Ele é ainda mais áspero e mais exaltado do que o Charlie que ganhou as telas com Tom Cruise. 
Fernanda Paes Leme - que dá vida à Susan, namorada de Charlie - tinha tudo para ser só uma peça de composição de cenário, um personagem secundário, mas protagoniza uma das cenas mais bonitas da peça: quando ela beija Raymond, não dá para não se emocionar! No filme, a cena não tem a mesma graça, passa quase despercebida. A maneira maternal com que Fernanda conduz a sua personagem, sobretudo nessa hora, faz toda diferença!
Com os nomes do elenco somados ao do diretor de José Wilker, é normal que a gente vá esperando uma dose cavalar de humor. Afinal, Serrado ficou marcado como o amado Crôdoaldo Valério ("Fina Estampa", 2012), Infante é um dos destaques do "Porta dos fundos" e Wilker imortalizou Giovanni Improtta ("Senhora do Destino", 2005). E a peça faz a gente rir, sim. Mas não da maneira como fizeram todos esses exemplos acima. É um humor suave, despretensioso, quase infantil. Tá nos detalhes, na inocência de Raymond e na acidez de Charlie. É um humor reflexivo, eu diria. E explico o porquê.
Rain Man é um drama. Nessa montagem, não um drama tão convencional mas, mesmo assim, um drama "de primeira". Fala diretamente sobre ego, família e amor, através de situações e diálogos inusitados - e  para quem não conhece a história, surpreendentes.
Mesmo para quem assistiu o filme, a peça vale a pena. Tem outro tom e se passa 20 anos a frente da história contada no cinema, o que gera algumas mudanças no enredo. 
Além disso, ver tudo em versão "minimalista" - com menos cenas, poucos elementos cenográficos e figurino simples - faz a gente perceber de outra forma a história. Vai lá conferir!
A peça fica em cartaz até o dia primeiro de setembro, de quinta a domingo.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Cola ou não cola?


"Vai que Cola" estreou na noite de ontem e sem dúvida, tirou muitas risadas dos telespectadores. Com destaque para a periguete suburbana Jéssica (Samantha Schmutz), a viúva de bicheiro Teresinha (Cacau Protásio) e para o malandro Valdomiro (Paulo Gustavo), o seriado mostrou a que veio, mas só com um pouco mais tempo saberemos se colou de verdade.
Valdomiro chega na Pensão da Dona Jô (Catarina Abdala) por acaso. Ele está fugindo da polícia federal, pois aceitou participar de um golpe que deu errado e foi parar no bairro de Méier, Zona Norte do Rio. , que tem um coração de mãe, deixa ele ficar na pensão contanto que os outros hóspedes também aceitem o malandro. E é a partir daí, as confusões começam.
Embora o roteiro nada se pareça com as confusões do Largo do Arouche, as comparações com o programa "Sai de Baixo" são quase que inevitáveis, já que, além do formato sitcom, a série desenrola com um clima descontraído e com alguns cacos, assim como a famosa e consagrada série de Miguel Falabella.
No primeiro episódio percebemos alguns improvisos dos atores e alguns erros e piadas internas que foram ao ar, o que de fato dá mais graça a produção. Ainda assim, para colar de vez, a série tem o desafio de trazer às telas um roteiro bem elaborado e original para poder prender o telespectador de segunda a sexta, no horário das 22h30.
Já deu pra perceber que um dos atrativos serão os convidados. Na lista de episódios gravados, a pensão já vai contar com as visitas de Ivete Sangalo, Márcia Cabrita, Diogo Nogueira, Julia Rabello, além de outros nomes famosos.
Um ponto alto da produção é o cenário. Em formato 360º faz com que as cenas se conectem, sem perda de continuidade. Permite ainda algumas inserções de cenas pequenas durante a passagem de um cômodo para o outro.
A série ainda conta com o "concierge" afetado Ferdinando (Marcus Majella), a fake gringa golpista Velna (Fiorella Mattheis), o faz-tudo poeta e apaixonado Wilson (Fernando Caruso), o namorado de Jéssica,  Máicol (Emiliano D'avila) e o galante de desempregado - que ainda não pousou na pensão - Lacraia (Silvio Guindane).
Para quem não pode conferir os episódios inéditos diariamente, o Multishow vai fazer uma maratona, já nesse domingo (14), a partir das 19h, com os episódios que vão rolar durante a semana.
"Vai que cola" já colou? Ou não? Conta pra gente o que você achou aí nos comentários!


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Tatiana e os clones


Há algumas semanas, estava assistindo online uma premiação cinematográfica. Enquanto lia os comentários dos espectadores, a repetição constante de um nome me chamou atenção: Tatiana Maslany.
Os internautas estavam discutindo enlouquecidamente o quanto ela era talentosa e merecia ganhar o prêmio que concorria. E não era pouca gente! Mal se falava em outro artista. No fim da noite, em meio à muitos aplausos, a atriz acabou levando o prêmio de melhor atriz pela série Orphan Black e foi naquele momento que decidi: Precisava assistir a série e entender o porquê de tanto alvoroço.
Na produção canadense criada por Graeme Manson e John Fawcett, Tatiana dá vida à órfã Sarah Manning, uma jovem punk que presencia em uma estação de trem o suicídio de Beth Childs, uma mulher idêntica a ela. Sarah encara a situação como uma chance de conseguir dinheiro, cortar laços com o namorado traficante e conseguir a guarda de sua pequena filha, a quem havia abandonado há cerca de um ano. O plano da jovem parecia simples: forjar sua própria morte, roubar os pertences de Beth e assumir sua identidade até conseguir pôr as mãos em sua conta bancária. Como é de se esperar, a protagonista acaba presa em uma grande aventura e descobre que a falecida parece ter uma vida ainda mais perigosa que a sua própria. Clichê, certo? Já não vimos isso no seriado Ringer, em filmes da sessão da tarde e até novelas mexicanas? Pode apostar que não.
O roteiro nos deixa em estado de choque quando mostra o motivo por trás da semelhança física entre as personagens: nada de irmãs gêmeas. As duas fazem parte um experimento ilegal de clonagem e não são as únicas. Com o passar dos episódios, conhecemos diversas personagens geneticamente idênticas a Sarah, que se unem para buscar respostas sobre suas origens.
A partir do momento que conheci as demais cópias da protagonista ficou fácil de entender (e apoiar) os elogios dados a Tatiana Maslany. A atriz conduz cada uma de suas personagens de forma tão original e detalhada que você realmente esquece se tratar da mesma pessoa. Cada personagem é enriquecida com peculiaridades e isso contribui muito para a dinâmica nas partes em que elas “contracenam” entre si. É quase assustadora a forma com a qual Tatiana leva o espectador a ignorar o fato que ela dá vida a maior parte das personagens da série. A tarefa é complexa e, talvez, a premissa da série falhasse se estivesse nas mãos de outra atriz. Há fortes boatos de que a moça está prestes a receber uma indicação ao Emmy Awards. Ficaremos na torcida!
Vale também fazer uma menção ao ator Jordan Gavaris, que muitas vezes rouba a cena com seu espontâneo e icônico Felix, irmão adotivo de Sarah.
Orphan Black pode ser considerada uma mistura bem sucedida entre drama e ficção científica, contando com uma pitada de investigação. Os fãs de tais gêneros dificilmente vão se desapontar com o ritmo acelerado, intrigante e envolvente com que as tramas da série nos são apresentadas. É como se não desse tempo nem de respirar – quando você cria suas teorias e as peças começam a se encaixar, a história, sem qualquer aviso prévio, nos insere em novos mistérios e nos traz mais perguntas a serem respondidas. A série foi renovada para sua segunda temporada pelo canal canadense Space e tem previsão de estréia para o segundo semestre de 2014. Para quem quiser verificar, a série ainda não chegou no Brasil, só está disponível online. Fica aqui a indicação de quem assistiu ao piloto da série para matar a curiosidade e quando se deu conta, tinha visto a temporada completa em menos de uma semana.


sábado, 6 de julho de 2013

Wanessa no Rio


Não mais do que 200 pessoas (a maioria do sexo masculino), ocupavam metade do salão. Alguns cartazes ganhavam o espaço acima das cabeças e davam certa alegria ao local. Vez ou outra se ouvia um grito de "rainha!" ecoando pelos corredores. No som, o disco da DNA Tour não saia do replay. Não fosse pela iluminação muito clara, poderia jurar que era dia de show em alguma boate colorida do Rio. Mas esse foi o cenário que encontrei ontem (04), na noite de "Papos & Ideias" com Wanessa, na livraria Saraiva do New York City Center (Barra da Tijuca), às 17h30, mais de uma hora antes da chegada da cantora.
Confesso que essa antecendencia toda não foi precaução, muito menos "tietagem". Wanessa chegou pouco mais de 40 minutos após o esperado e, mesmo tendo usado o Instagram para justificar o atraso, deixou os fãs preocupados. Todos ali já sabiam que Wanessa teria encurtado o tempo de encontro para poder prestigiar a estreia do musical "Enlace - A Loja de Ourives" - que tem no elenco a outra filha de Zezé Di Camargo, Camilla -, e temiam não serem atendidos.
A aflição era ainda pior porque 100 senhas tinham sido distribuídas mais cedo sem nenhum critério ou aviso prévio. Grande parte do público tinha permanecido na esperança apenas de ver a "diva" e ser premiado com um aceno de mão dela. Conseguir conversar com a cantora parecia promessa distante para os que não conseguiram a tal da pulseira VIP.
Mas Wanessa chegou e logo a tensão diminuiu. Por alguns minutos, tudo o que se via eram flashes e sorrisos largos. Ela mandou beijos para o público, agradeceu a presença, deu entrevistas curtas e trocou algumas palavras com os fãs que estavam mais próximos (ou gritavam mais alto).
Iniciou a autografar e posar para as fotos logo depois, mas já eram oito horas e a fila não parecia ter andando muito. Talvez por excesso de simpatia de Wanessa, mas muito também pela falta de organização da livraria, já não dava para saber quanto tempo aquilo ia durar ou quantos teriam a chance de falar com a cantora. Aos poucos, muitos foram desistindo e saíram insatisfeitos com o serviço prestado pela Saraiva. Para aqueles que se autodenominavam "fãs de verdade" e persistiram até o final, deu tudo certo. Todos (ou quase todos) conseguiram ver Wanessa de pertinho.
Tirando o fato de que "Papos & Ideias" quase nada foram trocados pela falta de estrutura do evento, foi uma boa oportunidade para constatar o crescente sucesso da cantora. Estava ali representado o público que a gente pouco vê e desconhece o poder. Wanessa tem um público forte, bem definido e apaixonado pela sua "rainha"!