quinta-feira, 5 de setembro de 2013

#ThrowbackThursday - Vamos falar da roubadora de livros


A essa altura, mesmo que você não tenha lido "A menina que roubava livros", há várias coisas que você já sabe sobre essa história. Que ela se passa na Alemanha nazista e é narrada pela morte, por exemplo. (Se até agora você não sabia disso, não se preocupe. Não é nenhum segredo, as surpresas continuam a salvo.)
Mas se essas informações não bastaram para fazer você querer ler o livro do australiano Markus Zusak, sucesso absoluto de vendas no Brasil em 2007, aqui vão alguns outros motivos que podem fazer você mudar de ideia. E se você já leu, não saia daqui. Alguns desses motivos são bons o bastante para você querer reler também.
A primeira razão é simples: nada como ler um best seller... depois que ele sai dessa lista. Parece absurdo? Explico. Para leitores aficionados, basta um título passear pela lista dos mais vendidos (e "A menina que roubava livros" ocupou esse lugar por mais de 230 semanas no The New York Times)  para que a necessidade de lê-lo se instaure. E aí já é tarde demais. Por mais imparcial que você seja, todas as suas percepções sobre o livro vão ser baseadas na sua expectativa e em todas as críticas que você teve acesso antes da leitura. Deixar que o entusiasmo exacerbado passe garante, então, uma leitura mais "sóbria".
Isso vale também para os que pretendem reler. Até porque, permitindo uma reflexão filosófica, a gente nunca lê duas vezes o mesmo livro. Há uma descoberta nova em cada releitura. Basta lembrar quantas vezes a própria roubadora de livros leu os que tinha, certo?
Deixando a subjetividade de lado, vamos agora às razões práticas: a morte nunca te contou nada antes.
Talvez nesse momento o nome de Machado de Assis tenha saltado em sua mente e você esteja me acusando de ter esquecido de "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Bom, eu jamais faria isso. Mas, colocando a genialidade de Machado à parte, posso te garantir que essa história não é nada parecida com a de Brás Cubas. Em "A menina que roubava livros" a morte não tem mediador. Ela fala por si mesma. É a morte em pessoa... ou seja lá o que ela for.
E como você já deve ter inferido, a história que a morte nos conta é a de Liesel Meminger (sim, a roubadora de livros).  O primeiro encontro das duas acontece quando Liesel perde seu irmão, na viagem que os levaria até Molching, onde moram seus pais adotivos. É no cemitério onde o menino é enterrado que a protagonista rouba seu primeiro livro, "O Manual do coveiro". O que era para ser apenas uma recordação do irmão, vira o símbolo da maior obsessão da menina: roubar livros.
Já no lar adotivo, Liesel aprende a ler com o pai, conquista a amizade do vizinho Rudy Steiner, acolhe um judeu chamado Max Vandenburg e rouba vários outros livros. Como tudo isso acontece você só pode descobrir lendo.
"A menina que roubava livros" foi adaptado para o cinema e está previsto para estrear em 31 de janeiro de 2014 no Brasil. É essa a última razão pela qual você tem até essa data para ler o livro. Afinal, a gente só sabe se uma adaptação é boa quando conhece bem a obra original.
Deixo então duas coisas para você: o trailer do filme e - espero - a vontade de (re)ler o livro!


Agradecimento especial à Giulia Amendola, sem quem não teria eu mesma lido a história da roubadora de livros.

Um comentário:

  1. êê, fico feliz que você tenha gostado da dica e do livro. não sei o que vai ser desse filme (o rudy loiro realmente me deixou meio irritada) mas tô animada. e brigada você, sua linda! <3

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