Não há duvidas de que o diferente sempre chama a atenção. E
dez anos atrás não era diferente. Chegava no cenário musical o Evanescence, banda
que despertou a curiosidade do público justamente por fugir do convencional: um grupo de rock que equilibrava de forma harmoniosa o visual dark, som
pesado e composições profundas com os vocais angelicais e influências clássicas
de Amy Lee, figura feminina à frente da banda. Já havia bandas de estilo similar
no mercado, mas era a primeira vez que uma dessas entrava em grandes selos no
mainstream, tocando em rádios populares e disputando clipes na MTV com artistas
de grande porte, como Britney Spears e Linkin Park.
A aposta na originalidade do Evanescence deu certo: Fallen, seu
álbum de lançamento foi um sucesso de vendas e o mais bem sucedido da grupo até
hoje. Apesar da modesta estreia na sétima colocação, o álbum permaneceu 113
semanas na parada musical Billboard e fez história ao entrar na lista dos 100 discos
mais vendidos da história dos Estados Unidos. Fallen vendeu cerca de 17 milhões
de cópias mundialmente e rendeu à banda cinco indicações ao Grammy, vencendo
duas dessas. As mentes criativas por trás do álbum são dos fundadores da banda,
Amy Lee e o guitarrista Ben Moody. John Lecompt, Rocky Gray e Will Boyd juntaram-se
à dupla posteriormente para a turnê internacional do disco.
O primeiro single foi Bring Me To Life, maior hit
do grupo até hoje. A música, parceria com o cantor Paul McCoy, entrou para a
trilha sonora do filme “O Demolidor” e conquistou a estatueta de melhor música
de hard rock no Grammy Music Awards. A música se tornou um clássico e prova disso é que mesmo dez anos após seu lançamento, é constantemente cantada em competições musicais.
Só este ano, pudemos ouvi-las em programas como American Idol, The X-Factor e
Britain’s Got Talent.
Os lançamentos seguintes da banda apenas confirmaram seu
lugar estável no mercado musical e que o sucesso não era passageiro. Going Under mostrou
um lado mais sombrio da banda em seu videoclipe, no qual os fãs são
transformados em zumbis. Já My Immortal, se
tornou o segundo maior hino da banda, principalmente no Brasil. A canção é o momento
mais esperado pelos fãs nos shows, no qual Amy senta-se sozinha ao piano e
canta, sempre acompanhada de um grande coro, sobre a despedida de alguém querido. A canção foi regravada para o
lançamento do vídeo, à qual foram adicionadas guitarras no fim da música, e apenas os álbuns
mais recentes contêm as duas versões. Everybody’s Fool foi escolhida para
encerrar os trabalhos do disco, sendo uma crítica direta à falsidade da
indústria pop e às mensagens vazias que a mesma transmite. No vídeo, Amy
interpreta uma celebridade miserável por trás das câmeras e, segundo a própria,
o clipe é importante para denunciar que a perfeição criada por Hollywood é
ilusória.
No aniversário de uma década, este ano, o CD ganhou uma
versão comemorativa em vinil roxo.
Para a maioria dos fãs, não há duvida:
Fallen é o trabalho mais completo do Evanescence. Para quem não é fã, mas deseja conhecer um pouco mais sobre o som único da banda, fica nossa dica.
Confira com a gente o clipe que conquistou uma legião de fãs e fez do Evanescence uma das maiores bandas da atualidade!