segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aprovados com nota média


"O Concurso" está em cartaz há pouco mais de uma semana mas já carrega boas estatísticas:  mais de meio milhão de pessoas já foram ao cinema assistir ao filme. E não podia ser diferente. Afinal, o filme tem em seu elenco nomes que são merecedores de grande público. 
Para começar, Fábio Porchat (como Rogério Carlos), o rei do canal "Porta dos Fundos", atual sucesso do humor brasileiro. Depois, Rodrigo Pandolfo (como Bernardinho), campeão de bilheteria com o filme ainda em cartaz "Minha mãe é uma peça". Para completar, Anderson Di Rizzi (como Freitas) - o também famoso Carlito, de "Amor à vida" -, Danton Mello (como Caio) - que dispensa apresentações - e a estreante Sabrina Sato (como Martinha Pinel), que foi a grande aposta do diretor Pedro Vasconcellos.
Um elenco desses é certeza de boas gargalhadas, certo? Errado.
Era de se esperar que os espectadores cheguem ao cinema com expectativas enormes. Mas o filme deixou muito a desejar. Ao contar a história dos quatros candidatos à única vaga de juiz federal - o gaúcho, o paulista, o cearense e o carioca -, o filme cai em um lugar comum. A atuação dos protagonistas é impecável, mas a montagem é tão caricata que é difícil achar muita graça.
Sabrina Sato rouba a cena com a sua excêntrica personagem, a atiradora de facas que faz de tudo para conseguir uma noite de amor com o inocente Bernardinho. Mas a verdade é que ela não faz nada diferente daquilo que já se espera dela. Só ganham destaque sua sensualidade, as roupas curtas e o sotaque acentuado. Pelos elogios que ela recebeu como atriz, merecia ter feito um pouco mais!
O filme dá ainda uma tropeçada naquela fórmula de humor fácil, porém já batida: os anões. Eles até conseguem provocar um riso ou outro, mas deixaram a sensação de que a graça deveria estar nas suas condições físicas e não no texto que interpretavam, quando se espera ao contrário.
O lado positivo é que o filme não é só isso. Diferente dos outros longas com esse tom de humor, "O Concurso" se preocupa em deixar uma "moral da história". Vai além das bobagens mais evidentes e deixa pequenas lições sobre amor, dignidade e trabalho.
Não é um filme extraordinário, mas também não é sacrifício assistir. É o programa ideal para se fazer despretensiosamente em uma tarde qualquer.
Se você ficou interessado, dá um play no trailer aqui embaixo:



Um comentário:

  1. Gostei do filme, concordo com você Ana , a comedia, que pensei que seria muito engraçada, não me deixou decepcionado , mais deu a impressão que faltou algo a mais. Esperava um filme nível "Minha mãe e uma peça". Mesmo assim gostei do filme e obrigado pela dica.

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