"A conclusão é: todos têm o mundo aos seus pés. Têm.
Pisa-se e no que se pisa é mundo.
Poucos, sim, são os que têm essa noção; os poucos que poderão se tornar eternos."
São essas as três primeiras frases de As pessoas dos livros. Três frases que me custaram menos de 10 segundos de leitura, é verdade, mas que me deram a certeza de que valia a pena escrever sobre o livro.
O motivo é simples: primeiro porque essa é uma citação para ler, reler, compartilhar, tatuar. Segundo, porque explica, de forma rápida, a escritora ímpar que é Fernanda Young. Afinal, quem mais começa um livro com a conclusão?
As outras páginas não deixam a desejar. A história descreve os dilemas da histérica escritora Amanda Ayd, que tem dificuldade em terminar seu novo livro, já que o anterior foi negado pela editora.
Em todo o texto, o narrador é onisciente (misturam-se primeira e terceira pessoa do singular), o que dá um tom de conflito psicológico à história. É quase metalinguístico e tem, assumidamente, um toque autobiográfico.
Esses elementos dão vida a uma narrativa intensa, tensa, louca. A gente lê ofegante, tentando acompanhar o ritmo.
O final é apocalíptico, e espero que, contanto isso, não tenha estragado a surpresa de ninguém. Até porque não dá para esperar nada de outro gênero de Fernanda.
Talvez você não tenha tido contato com os seus livros, mas certamente ouviu falar dos seus títulos para a TV. Entre os roteiros mais recentes, estão o talkshow Confissões do Apocalipse (do GNT) e o seriado Como aproveitar o fim do mundo (da Rede Globo), ambos de tema trágico, embora envoltos em uma abordagem cômica.
O livro é de 2000, mas foi reeditado em 2011 pela Rocco, então é fácil de encontrar. Para quem gosta de realidade disfarçada de romance (ou romance disfarçado de realidade?) é uma ótima opção.
Uma coisa eu posso garantir: é sobre as pessoas dos livros, mas podia ser sobre muita gente que cerca você.
O motivo é simples: primeiro porque essa é uma citação para ler, reler, compartilhar, tatuar. Segundo, porque explica, de forma rápida, a escritora ímpar que é Fernanda Young. Afinal, quem mais começa um livro com a conclusão?
As outras páginas não deixam a desejar. A história descreve os dilemas da histérica escritora Amanda Ayd, que tem dificuldade em terminar seu novo livro, já que o anterior foi negado pela editora.
Em todo o texto, o narrador é onisciente (misturam-se primeira e terceira pessoa do singular), o que dá um tom de conflito psicológico à história. É quase metalinguístico e tem, assumidamente, um toque autobiográfico.
Esses elementos dão vida a uma narrativa intensa, tensa, louca. A gente lê ofegante, tentando acompanhar o ritmo.
O final é apocalíptico, e espero que, contanto isso, não tenha estragado a surpresa de ninguém. Até porque não dá para esperar nada de outro gênero de Fernanda.
Talvez você não tenha tido contato com os seus livros, mas certamente ouviu falar dos seus títulos para a TV. Entre os roteiros mais recentes, estão o talkshow Confissões do Apocalipse (do GNT) e o seriado Como aproveitar o fim do mundo (da Rede Globo), ambos de tema trágico, embora envoltos em uma abordagem cômica.
O livro é de 2000, mas foi reeditado em 2011 pela Rocco, então é fácil de encontrar. Para quem gosta de realidade disfarçada de romance (ou romance disfarçado de realidade?) é uma ótima opção.
Uma coisa eu posso garantir: é sobre as pessoas dos livros, mas podia ser sobre muita gente que cerca você.
o único problema de ler todos os posts daqui é que eu fico vontade de sair comprando e me falta tempo pra ler isso tudo! me parece uma leitura cativante e obviamente interessante (porque né, rola aquela identificação). veremos!
ResponderExcluirTe agradeço por ter me apresentado a escritora Fernanda, mesmo antes desta postagem. E lendo agora, ratifico a intensidade com que ela escreve e descreve fatos corriqueiros do dia a dia de forma tão irreverente, mas ao mesmo tempo tão divertida.
ResponderExcluirQuero emprestado! Pode?
ResponderExcluirSempre!
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