Fui ao cinema assistir Somos tão jovens apenas com aquilo que eu já sabia sobre o Renato Russo: a sua importância para o cenário do rock e para a história do Brasil, o seu passado no Aborto Elétrico, o nome dos seus companheiros de Legião Urbana, os títulos dos seus grandes sucessos e, de brinde, a letra completa de Eduardo e Mônica.
Ou seja, não muito mais do que sabem todos aqueles que, assim como eu, não são da Geração Coca-Cola e escutam o cantor sem ter se aprofundado na sua história. Deixei, de propósito, a pesquisa para depois. Queria saber até onde o filme contava.
Fiquei feliz de ter sido surpreendida com uma infinidade de informações.
O diretor Antonio Carlos da Fontoura foi genial na abordagem que escolheu. A vida pessoal do cantor é pano de fundo na narrativa. Só ganha destaque quando é importante para justificar suas composições e escolhas profissionais.
Embora seja uma obra ficcional livremente inspirada na biografia do cantor, tem tom próximo ao documental. Nesse aspecto, a brilhante atuação de Thiago Mendonça ajuda muito. Por vários momentos, a gente quase esquece que está vendo um ator e não o próprio Renato (o que é duas vezes incrível, se você lembrar que ele já foi também Luciano, no filme Dois filhos de Francisco).
Aliás, todo elenco merece destaque, inclusive as pequenas participações, como a de Ibsen Perucci - como Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial -, e a de Bianca Comparato - como Carmem, irmã de Renato.
Aliás, todo elenco merece destaque, inclusive as pequenas participações, como a de Ibsen Perucci - como Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial -, e a de Bianca Comparato - como Carmem, irmã de Renato.
O filme é para rir, chorar e se informar. Tudo ao mesmo tempo. E carrega em si, mesmo sem ter essa intenção, uma mensagem muito positiva para a juventude de hoje.
Talvez por ser tão bom, tenha me deixado com a sensação de que acabou cedo demais. A última informação que aparece na tela é de 1985, data de lançamento do primeiro disco da Legião. Falta uma década de história que, como a gente sabe, é tão incrível quanto o início dela.
Gostei muito das considerações feitas sobre o filme,principalmente por você não ter feito parte da geração coca-cola,mas ter olhos para ver a brilhante trajetória do Renato, bem como tudo que ele deixou:poesia,talento,sensibilidade,
ResponderExcluirpersonalidade, reflexões,liberdade poética...enfim,que essa nova nova geração tenha sempre vez para soltar a voz!Bjs de sua fã nº1.
Confesso que fiquei super apreensiva quando vi que você ia falar sobre o filme do Renato. Por dois motivos bem simples: eu sou tua fã e super fã do renato. Tô louca pra ver o filme, tô evitando ler muitas críticas porque eu sei que as vezes pegam pesado com filmes nacionais, mas não podia deixar de ler porque poxa, é a Ana! E não me arrependi! Se o outro filme sair, tô esperando a sua resenha dele também!
ResponderExcluirE ó, acho que vou competir com a sua mãe em relação a quem é sua fã número 1.
Adorei tudo no texto, não preciso te lembrar que você escreve extremamente bem, e com um jogo tão solto de palavras que faz a gente viajar no texto até que chegamos no final com um gostinho de quero mais - além, de nesse caso específico, dar vontade de correr para o cinema agora. Enfim, além de publicitária milionária, âncora, ser substituta de Fátima Bernardes, acho que você pode pensar em fazer algumas publicações hein?! Beijos de mais uma fã número 1 !
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