quinta-feira, 15 de agosto de 2013

#ThrowbackThursday - Há algo errado com Esther



Como grande fã e consumidor de filmes de terror/suspense, há uma variedade de títulos do gênero que poderia escolher para relembrar aqui no blog. Porém, a escolha acabou se tornando relativamente fácil por um motivo: escolhi o último filme que me trouxe todas aquelas ótimas sensações que a gente procura quando vai ao cinema.
Aquele poder de ignorar completamente o que está a sua volta por algumas horas, e se encontrar imerso naquela realidade proposta pelo filme. Seguindo esse critério, "A Órfã" (Orphan) foi uma escolha inevitável.
O filme, dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra, conta a trama do casal John (Peter Sarsgaard) e Kate (Vera Farmiga), que após perder um filho devido a um aborto espontâneo, decide adotar a russa Esther (Isabelle Fuhrman), mesmo já tendo duas crianças em casa. A menina logo conquista o casal com sua maturidade, apesar da pouca idade, e com sua forma única de enxergar o mundo.
Porém, apesar do bom comportamento de Esther e de sua boa relação com a família, Kate começa a ter sua vida revirada de cabeça pra baixo desde a chegada da filha adotiva. Situações incomuns e assustadoras começam a ocorrer no lar e, quando a segurança de seus filhos está em jogo, Kate assume o papel de mãe super-protetora. Ela não irá descansar até descobrir o que está por trás destes eventos estranhos e quais são as ligações com Esther.
"A Órfã" é uma obra de diversos méritos. Um deles é que o suspense é construído muito mais pelo clima de mistério e falta de previsibilidade do que pelos clichês deste gênero que estamos acostumados, como o silêncio quebrado por barulhos estrondosos ou por ambientes pouco iluminados. O filme apropria-se destes recursos também, mas de forma discreta.
E, falando em mérito, seria injusto não fazer uma menção honrosa a protagonista Isabelle Fuhrman, que tem um desempenho brilhante e digno de gente grande! A atriz é perfeita em cada faceta da personagem e tem o poder de despertar as mais variadas sensações no espectador – acredite. (Palavra de quem se pegou de pé e gritando ofensas para uma tela de cinema).
O filme é desafiador e corajoso, pois tira o público da zona de conforto. E ainda que thriller psicológicos estrelados por crianças não sejam novidade, a obra aposta alto em seu desfecho para manter-se longe de comparações. Desfecho este, que agradando ou não, promete surpreender a grande maioria do público. 
Lançado em 2009, o filme continua firmemente na minha lista de favoritos. Se você, assim como eu, é viciado em um bom suspense recheado de mistérios e também está a procura de originalidade no gênero, eu recomendaria não perder mais tempo!


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