Como grande fã e consumidor de filmes de terror/suspense,
há uma variedade de títulos do gênero que poderia escolher para relembrar aqui
no blog. Porém, a escolha acabou se tornando relativamente fácil por um motivo: escolhi o último filme que me trouxe todas aquelas ótimas sensações que a gente
procura quando vai ao cinema.
Aquele poder de ignorar completamente o que está
a sua volta por algumas horas, e se encontrar imerso naquela realidade proposta
pelo filme. Seguindo esse critério, "A Órfã" (Orphan) foi uma
escolha inevitável.
O filme, dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra, conta
a trama do casal John (Peter Sarsgaard) e Kate (Vera Farmiga), que após perder
um filho devido a um aborto espontâneo, decide adotar a russa Esther (Isabelle
Fuhrman), mesmo já tendo duas crianças em casa. A menina logo conquista o casal
com sua maturidade, apesar da pouca idade, e com sua forma única de enxergar o
mundo.
Porém, apesar do bom comportamento de Esther e de sua boa
relação com a família, Kate começa a ter sua vida revirada de cabeça pra baixo
desde a chegada da filha adotiva. Situações incomuns e assustadoras começam a
ocorrer no lar e, quando a segurança de seus filhos está em jogo, Kate assume o
papel de mãe super-protetora. Ela não irá descansar até descobrir o que está por
trás destes eventos estranhos e quais são as ligações com Esther.
"A Órfã" é uma obra de diversos méritos. Um
deles é que o suspense é construído muito mais pelo clima de
mistério e falta de previsibilidade do que pelos clichês deste gênero que
estamos acostumados, como o silêncio quebrado por barulhos estrondosos ou por
ambientes pouco iluminados. O filme apropria-se destes recursos também, mas de
forma discreta.
E, falando em mérito, seria injusto não fazer
uma menção honrosa a protagonista Isabelle Fuhrman, que tem um desempenho
brilhante e digno de gente grande! A atriz é perfeita em cada faceta da
personagem e tem o poder de despertar as mais variadas sensações no espectador
– acredite. (Palavra de quem se pegou de pé e gritando ofensas para uma
tela de cinema).
O filme é desafiador e corajoso, pois tira o público da
zona de conforto. E ainda que thriller psicológicos estrelados por crianças não
sejam novidade, a obra aposta alto em seu desfecho para manter-se longe de
comparações. Desfecho este, que agradando ou não,
promete surpreender a grande maioria do público.
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