Quando você entra no cinema para assistir "Minha Mãe é uma Peça - O Filme" só há uma opção: é rir ou rir. Paulo Gustavo não nos dá alternativa quando embarcamos na história de Dona Hermínia, personagem livremente inspirada na mãe dele.
Com alguns pitacos de drama, o filme, mesmo sem ter essa pretensão, deixa os seus olhos marejados. Você entende as angústias e preocupações de uma mãe quando os filhos estão crescendo.
A narrativa é um pouco diferente do que estamos acostumados a ver no cinema. Em flashes, Hermínia vai narrando para a sua tia Zélia (vivida pela querida e fofa atriz Suely Franco) sobre o crescimento dos filhos, sobre o divórcio e a relação com os seus familiares e vizinhos.
Como é justamente uma narrativa, Paulo Gustavo parece ter ilustrado os esquetes do seu monólogo. E muito bem ilustrados! O elenco é de peso e (se você conhece um pouco dos bastidores da atual comédia nacional) verá que estão todos entre amigos. Ingrid Guimarães, Mônica Martelli e Samantha Schmütz são best friends do Paulo Gustavo.
A produção conta ainda com Herson Capri, no papel do ex-marido; Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo, como Marcelina e Juliano, os filhos que ainda moram com a mãe; e Alexandra Richter, que interpreta a irmã da protagonista.
Durante o longa, você simplesmente esquece que a Hermínia que está na tela é um homem, devido a naturalidade e sutileza com que Paulo Gustavo faz essa histérica mãe, mesmo a personagem não sendo nada sutil.
Durante o longa, você simplesmente esquece que a Hermínia que está na tela é um homem, devido a naturalidade e sutileza com que Paulo Gustavo faz essa histérica mãe, mesmo a personagem não sendo nada sutil.
Se você já conhece o trabalho do ator e o seu jeito, provavelmente vai reconhecer algumas das cenas na telona, mas isso não faz perder o brilho e nem a graça. As razões para ir assistir ao filme são exatamente essas que o próprio Paulo Gustavo, aliás, a Dona Hermínia diz abaixo.